Em Paris
Está cansado do bombardeio de Hollywood? Está com sede de qualidade e bom humor? Pois bem, nessa última quarta-feira eu fui ao HSBC Belas Artes (sozinho) e lavei a égua. Finalmente assisti "Medos Privados em Lugares Públicos" (muito bom, recomendo, apenas não se dará tempo), mas antes eu assisti "Em Paris". E foi até engraçado, porque ambos foram na mesma sala, então, eu saí da sala e fiquei na porta para entrar novamente, foi meio esquisito, mas sobrevivi.
"Em Paris" tem a direção de Christophe Honoré e é basicamente isso aqui: Paul está deprimidaço por ter cortado suas relações com Anna e volta para Paris, onde vai morar com o pai divorciado e o irmão mais novo, Jonathan, que é despreocupado, extrovertido. O Pai e o Irmão tentam reanimá-lo, pois, como a irmãzinha de Paul suicidou aos 17 sem motivos aparentes, essa idéia passa pela cabeça de Paul (que pensa em acabar com isso) e de seu pai (que não quer perder mais um filho desse modo), mas só uma visita de sua mãe parece lhe trazer a alegria de volta.
O filme é repleto de cenas muito bem construídas, os atores todos seguram muito bem os papeis, ninguém me desapontou, até os papéis de uma só cena mostraram competência.
Outro fator engraçado é que no começo do filme aparecem alguns "peitinhos" (digamos de forma) e na metade do longa eu vi sairem duas "adolescentes da terceira idade" e não voltarem mais. Agora eu não sei se o motivo foram realmente os "peitinhos" ou não, mas foi engraçado como coincidiu a cena em que elas deixaram a sala.
A fotografia é muito bonita, com uma iluminação impecável, conseguiu mesclar bem a melancolia do Paul, a desenvoltura do irmão Jonathan e a atmosfera parisiense.
É isso!