Minha língua escorRegra.
A porta estava completamente aberta.
A passagem completamente livre.
Antes de entrar, limpava as botas no capacho e sabia exatamente como proceder.
Não sabia todas as regras, porém as entendia perfeitamente, pois a coerência destas preenchia os sulcos da ignorância que jamais cessou.
O vento gelado sibila do lado de fora e atinge, em micro-ondas, os ossos do eqüino.
"Equino, trema não. Trema... NÃO!".
Visto que as novas regras são desconhecidas até por quem as criou.
Antigamente dizia-se "Transito no trânsito", agora se diz "Transito no transito".
Para mim, isso é fato.
Para o Português da padaria, agora, é fato também, mas antes, para ele, não era fato, era facto.
Agora é fato pra nós dois.
Seja como for, não sou de ex-trema direita/esquerda.
Por isso, minha porta vai continuar completamente aberta e, antes de entrar, vou limpar as botas no capacho, mesmo sem saber como, de facto/fato, proceder.
Ao menos por enquanto.
f
É assim que me sinto às novas regras da língua portuguesa!
f
Eu sinto (muito).
Tu ouves (pouco).
Eles (nada) videm.
Nós cegos (somos).
3 comentários:
Pois é!
Ainda não me posicionei em relação as novas regras, mas, toda mudança gera algum tipo de apreensão!
Mesmo nos bate-papos via Msn sempre fiz uso dos tremas, acentos e hífens! Terei agora que me render ao "miguxês"?! Hauheueahea
Como já comentaram..."Não trema em cima da linguiça"
Cruel...muito cruel...
Completando a falo do diego deve dizer que dificil será escrever o vêem sem o "chapeuzinho do vovô" hahahaha
:0)
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