Que Beleza!

Nesses últimos meses, o assunto "beleza" ficou em alta. Três ou quatro modelos morreram devido a anorexia (esse foi o número que saiu na imprensa, os que foram abafados não caberiam nesse post); nessa semana também foi divulgado que o Brasil é o país que mais consome remédios para emagrecimento; entre os países que mais consomem cosméticos, nós estamos em terceiro lugar, perdemos apenas para os EUA e para a França, se não me engano. Mas como que um país de terceiro mundo (e não de terceiro lugar), consegue tanto dinheiro para comprar esse tipo de supérfluos? Se alguém souber, sinta-se à vontade para responder.

Ainda no assunto beleza, no começo dessa semana, o Príncipe Charles (Foster Kane... rsrs brincadeira) anunciou uma possível extinção ao fast food mais popular do mundo, o Mc Donald's, por culpar a marca de influenciar, negativamente, na alimentação das pessoas, principalmente na dos mais jovens. Isso por causa de uma polêmica que ronda o país britânico atualmente, que é a de um garotinho de menos de 10 anos, mas que já pesa mais de 80Kg e sua alimentação se resume a batata frita e coisas do tipo.

Isso lembra muito o documentário "Super Size Me - A dieta do palhaço", do diretor Morgan Spurlock, que aliás, obteve a idéia de realizar o documentário após ver na televisão duas meninas que entraram com um processo contra esta mesma rede de fast food, por torná-las obesas.

Como era de se esperar, o Mc Donald's não gostou nada do que o filho da rainha Elisabeth disse. Como defesa, a lanchonete afirmou que o herdeiro do trono desconhecia a mudança de seu cardápio (que, diga-se de passagem, essa mudança no menu, em incluir lanches do tipo: Mc Fish, Mc Chicken e vários tipos de salada, deve-se ao documentário já citado).

Creio que toda essa tragédia é culpa, primeiramente, da publicidade, que é usada de maneira errada e prejudicial. A única palavra que existe é "Vender". Mas justamente por conta disso, a tendência era que algumas propagandas invertessem esse comportamento, que seria deixar o inatingível de lado e partir para a vida real, concreta. A linha de comésticos Dove, da Unilever, lançou uma propaganda desse tipo há alguns meses, que trazia mulheres "normais", mais gordinhas, o oposto de Raicas, Giseles e Naomis, mas depois disso não vi mais nada do gênero. Tal comportamento me surpreende porque o mundo continua a utilizar a peste para combater o vírus. E isso eu não consigo entender.

Mas o mundo é capitalista. Esse tipo de propaganda só vai nos aparecer como rápidos "flashs", a moda vai continuar sendo a escada para a publicidade e essa "abolição do Mc" jamais ocorrerá. Vai passar um tempinho, a poeira vai abaixar e ninguém vai mais tocar nesse assunto, como foi no princípios dos séculos e séculos, amém! Que beleza!