sábado, janeiro 10, 2009

The day the earth stood still


A nova "sensação" de Hollywood é "O dia em que a terra parou", dirigido por Scott Derrickson (O exorcismo de Emily Rose), e com um elenco que arrasta multidões ao cinema, como Keanu Reeves (Matrix) e Jennifer Connelly (Casa de areia e névoa - eu recomendo -).
Todos aqui sabem que sou cinéfilo, sabem da minha admiração por filmes inteligentes e da minha "rejeição" por efeitos especiais (os exagerados, principalmente).
Enfim, eu ainda não fui ao cinema assistir o remake do Derrickson, mas eu já assisti o original, de 1951, dirigido por Robert Wise (morto há 4 anos) e posso dizer que a história é muito boa, os diálogos são bem interessantes, o filme consegue te prender do início ao fim. E, para a época, os efeitos usados (que não são muitos, eu diria "o suficiente") foram revolucionários, mas, para os dias atuais, são trash's.
Houve algumas mudanças do original para o remake. Uma é que o Gort, o robô, era mecânico e agora ele é biológico. Outra é que há uma introdução explicativa da origem do Klaatu (Keanu Reeves) - e que eu li em alguns lugares que foi algo desnecessário -, e lógico, o remake tem mais cenas de ação (praxe). Mas o mais interessante do original de 1951, apesar de não haver explosões, nem nada, apenas um único momento de "perseguição" (que nem é tão perseguição assim), na cena em que o Klaatu foge em um táxi, mas há carros policiais em todas as saídas da cidade e estes fazem a "perseguição" via rádio, ou seja, uma espécie de controle, um monitoramento, mesmo assim, o filme consegue ser bastante emocionante; sem contar que já havia a idéia de "fazer funcionar" alguma coisa sem haver contato nenhum, apenas com o movimento da mão (uma epécie de "Pepe, já tirei a vela").
Bom, a mensagem principal do longa é a paz, para não me estender muito no assunto, e, pela época de lançamento, foi abordado a guerra fria, a rixa dos EUA com a URSS, já que havia o medo de uma possível 3ª Guerra Mundial. Hoje, porém, depois de 11 de setembro, o medo da guerra continua rondando, em Israel, em Bushville ou em Husseintown. Vejam como o tema continua atual, mesmo 58 anos mais tarde! E isso prova que o filme é "visionário" ou que nós estamos obsoletos?
Obviamente, este post é para recomendar o original de 1951, mas também não estou dizendo para deixarem de ir ao cinema assistirem ao remake, muito pelo contrário, a minha intenção é apenas dizer "se tem sede e necessita de água, beba na fonte".

1 comentários:

Anônimo 14/1/09 23:58  

Assisti ao remake e achei-o "bom". Nada mais que isso, mas o que importa é que chegou ao ponto de valer o ingresso ao cinema. Mas realmente tirarei meu chapéu para hollywood quando conseguirem uma intensidade dramática e realidade exultante comparável a "O banheiro do papa", um dos melhores filmes dos últimos tempos, sem dúvida.

Vou atrás do original, obrigado. Atiçou-me a curiosidade.

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