segunda-feira, junho 23, 2008

China: Guilty or Not Guilty?


Essa semana (dia 20, para ser mais preciso) recebi um e-mail bastante polêmico sobre a cultura e costumes da China. O e-mail era uma espécie de "corrente" que incitava um "boicote" à ilha. Como argumento, estava inserido no corpo do e-mail os maus-tratos para com as crianças e os animais. Umas das respostas foi exatamente o que eu penso, se, para nós, matar um cachorro, para comê-lo, é um absurdo, só porque é comum tê-los em nossas casas e os achamos "bonitinhos", para os hindus, que consideram a Vaca um animal sagrado, nos ver fazendo churrasco toda a semana não deve ser nada agradável, no entanto, não estamos nem aí com o que os hindus pensam. Para a solução desse caso foi receitado o "vegetarianismo" (questão cultural). Fora que se esse e-mail foi repassado, foi porque a China produziu um computador (entre outros produtos eletrônicos) para estar na mesa de cada um.
Em relação às crianças, o que gerou conflito foi, basicamente, no que diz respeito ao controle de natalidade. O tal país, por conta disso, possui uma costume (feio, realmente) que é dar todos os privilégios ao primogênito, enquanto os demais herdeiros ficam com o pior parte, sendo, inclusive, agredidos fisicamente, se merecem a agressão, ou não, pouco importa, qualquer coisa torna-se um motivo à tortura.
A China, como todos sabem, já é quase fato, será a próxima potência mundial. Mas como um país que busca alcançar esse status tem um comportamento tão primitivo? Será que é possível esse país ter um comportamento diferente do atual? Eu acredito que sim. Vai ser árduo, mas é possível e inevitável. Mas como? A resposta é uma palavra: Urbanização.
65% da população chinesa vive em condições rurais, vive da agricultura, vive dos mesmos costumes (em suas devidas proporções, claro) que nós vivíamos nos anos de 1920, com uma sociedade altamente machista (ainda somos, mas é inegável a discrepância de antigamente e a presente), com os mesmos valores sociais e tradições.
Certa noite, eu via assistia TV e dormi no sofá. Quando acordei, comecei zapear e parei no "Ponto Pê". Mas parei, confesso, por preconceito, devido ao sotaque da garota que falava com a apresentadora Penélope Nova. A moça tinha os seus 18 anos e morava no interior de Minas. Achei engraçado o sotaque dela e esperei para ver a dúvida da guria. Ela disse: "Ai, Pê, é qui meu namoradé inté romanticomigo, quando meus pais tão incasa, 'mais', quando nóis tá só, ele fica querendo fazê 'bobice' comigo". Se pegarmos a realidade em que essa moça vive (rural) é visível que ela teve uma criação "antiga", "ultrapassada", perante a realidade que vemos, que são crianças de 12, 13 anos grávidas, porque não se precaveram na hora de fazer "bobice", ou acharam, diferentemente da telesctadora, que já estava no tempo de fazer "bobice".
Concordo que esse exemplo não é compatível aos maus-tratos para com as crianças, mas eu falo em relação a costumes e tradições que evoluíram.
A urbanização, na China, é inevitável, é uma etapa que todos os países, que ainda não sofreram, vão sofrer. O historiador Eric Hobsbawn cita no seu famoso livro, "A Era dos Tempos", que a maior revolução dos século XX foi a urbanização, entende-se, nesse caso, que é como se fosse uma passagem da adolescência para a fase adulta, a perca da inocência, isso vai fazer com que os costumes se renovem; aos poucos, sim, mas não permanecerão intactos, de forma alguma. Essa nova geração já vai crescer com o pensamento de 1ª potência, de integração e interativade com o mundo via wireless e até sofrer influências do mundo ocidental. Agora, se isso é bom (sofrer influências do mundo ocidental), já não me sinto apto a responder.

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